Gostava de te ter visto hoje, como em todos os outros dias que passaram e todos os outros que irão vir, mas hoje senti um aperto mais forte no coração quando vim embora deste meu dia de aulas que terminou.
É uma sensação estranha de se explicar, de melancolia, como andar perdido no meio do nevoeiro, com vista turba, sem destino, sem saber o que fazer.
No meio daquele nevoeiro, os meus pensamentos sussurraram
baixinho. Olharam para o relógio e disseram-me algo que me pôs mais triste. Contaram os segundos que tinha de passar sem ter aquela sensação mágica de sonhar em te
poder ver no cruzar de corredores, por obra do acaso.
Eu sei que se nos tivéssemos cruzado, decerto não me tinhas visto, não ias querer saber de mim porque, como sempre me disseste, não compreendes o que eu sinto, que não queres saber o que eu digo, ou o que eu faço, enfim, o que eu sou e vou ser sempre.
Eu sempre te irei respeitar,
compreender. Como é que não poderia compreender e respeitar as
decisões da pessoa que mais amo neste mundo?
Não quero que tenhas a sensação de que te estou a incomodar,
pressionar, a perseguir, a deixar-te incomodada por não saberes o que me dizer
por eu estar a mais de certeza na tua vida. O que eu quero é ver-te feliz, com aquele sorriso com o qual me apaixonei desde o primeiro dia, quero-te
proteger, fazer com que te sintas a rapariga mais importante deste mundo,
porque na realidade tu és importante. Para mim és a minha vida, tudo que há em mim.
Eu amo-te, e por isso irei, se for preciso, silenciar a minha voz,
não demonstrar o que sinto como gostava, mas uma coisa nunca conseguirei deixar
de fazer, sentir-te em silêncio como sempre fiz e desabafar todos os dias um
pouco de mim, nestes textos, apesar de ter a noção que o mais provável é que não os lês.
Contudo, nesse encontro inesperado, eu poderia ter olhado
para ti, ter visto mais uma vez o teu olhar, o meu coração ter acelerado e
provocado a melhor sensação do mundo que pode ser sentida dentro de nós.
A maior prenda de Natal que gostaria de ter tido era essa, guardaria-a dentro de mim para sempre, porque as pequenas coisas e pequenos gestos são os mais importantes. Porque um segundo contigo seria recordado em outros milhões de segundos, quando o meu coração sente saudade de te ver, tantas vezes por dia.
Nunca iria deitar
fora essa recordação, ficaria gravada dentro de mim, como ficaram todas as recordações
que tenho de ti e que me permitiram desenhar aquele retrato teu, cada traço teu
que ficou na minha memória, naquela folha de papel.
Seria a melhor prenda de sempre que já recebi na minha vida.
21 DEZ, 2016 0
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